sábado, 27 de dezembro de 2014

viagem ou viajem?

Pode ocorrer que na hora em que for utilizar as palavras viagem ou viajem possa surgir uma dúvida: escrevo com "g" ou com "j"?

Exemplos: 

a) A viagem para Paris é demorada.
b) Não é bom que vocês viajem com chuva.

Ao analisar as duas frases percebemos que na primeira, viagem é um substantivo que faz parte do sujeito. Já na segunda, é um verbo do sujeito “você”.
Assim, toda vez que viagem for um substantivo e indicar o ato de viajar, deverá ser escrito com “g”.

Mais exemplos:

Eu viajei para o Rio de Janeiro e foi ótimo!
A viagem para Natal foi boa!É praticamente certeza que a minha viagem será cancelada!


                                                                      Até o próximo Post!

Erika Moraes

Um estudo acerca das vogais o e u

Há muitas dúvidas na hora de usar as vogais "o" e "u" por possuírem uma semelhança sonora. Diante disto, se você também tem essa dúvida, saiba como sana-las. 


As vogais em referência também integram o quadro das dúvidas ortográficas que acometem uma grande parte dos usuários. Questionamentos esses que decorrem da semelhança sonora entre uma infinidade de vocábulos que perfazem o sistema linguístico. Em razão de tal ocorrência, cercar-nos das informações que se restringem à forma correta de grafá-los é, sem dúvida, um passo primordial rumo à conquista de nossa competência linguística.
Para ressaltar acerca de tais semelhanças, lembramo-nos da palavra “boteco”, mas que na verdade “soa” como se fosse grafada com a letra “u”. Sendo assim, verificaremos adiante alguns pressupostos relacionados ao emprego das referidas vogais, lembrando também que estas são responsáveis por fatores relacionados à semântica, como é caso de:
COMPRIMENTO - CUMPRIMENTO
SORTIR - SURTIR
SOAR - SUAR

* Grafam-se com “o”:

boteco, botequim, mochila, nódoa, cortiço, moela, mosquito, mágoa, moleque, tossir, goela, engolir, polenta, toalete, zoar, etc.

* Grafam-se com “u”:

amuleto, bueiro, camundongo, cinquenta, cutia, curtume, jabuti, jabuticaba, entupir, embutir, mandíbula, supetão, tábua, tabuleiro, urtiga, urticária, entre outras.

Fonte: DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Um estudo acerca das vogais o e u. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/gramatica/um-estudo-acerca-das-vogais-o-u.html>. Acesso em: 27 de dez. de 2014.

Até a Próxima!

Thaís Souza

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Hora de praticar!!!

Hoje não vamos tratar de nenhum assunto novo, mas vamos exercitar alguns assuntos que já foram trabalhados por aqui!!!

EXERCÍCIO I - Nas frases seguintes, omitiu-se propositalmente o acento indicativo da crase. Reescreva-as, colocando o acento adequadamente:

a)" A moça me disse ontem que a lua estava linda. A noite me telefonou e me animou a chegar a janela."
b)"Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar a noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui." (Rubem Braga)
c)"A noitinha a mãe chegou, viu a caixa, mostrou-se satisfeita, dando a impressão de que já esperava a entrega do volume." (Lourenço Diaféria)
d)"Perguntei por que não tinha ido a escola, respondeu que não ia mais, nunca mais, e me contou a história do cavalo. Disse que não adiantava ir a escola porque estava resolvido a fugir." (José J. Veiga)
e)"O homem já estava solto, graças a intervenção do cônsul holandês, a quem ele se fez compreender com meia dúzia de palavras holandesas." (Lima Barreto)

EXERCÍCIO II - Complete as frases, usando a, à, as, às:

a) ____ pombas estão recolhidas no pombal.
b)____pombas não resta outra alternativa.
c)Sua posição era semelhante ____que defendi ontem.
d)São pessoas ____cujas ideias fizemos referência.
e)Faz anos que não vou ___ festas.
f)Para ir ____festas, vou comprar um vestido novo.

EXERCÍCIO III - Assinala a alternativa correta quanto à acentuação:

a)Chegou a uma hora em ponto.
b)O professor se referia às alunas interessadas.
c)Tu costumas andar à pé?
d)Agradeci a própria pessoa.
e)Naquela cidade não se obedece a lei.

EXERCÍCIO IV - No lugar das lacunas, use adequadamente onde ou aonde:

a)__________estão aqueles livros?
b)Não sei ________te encontrar.
c)_________nos leva tão apressadamente?
d)_________você vai amanhã?
e)Não conheço o lugar ________vou passar as férias.

EXERCÍCIO V - Utilize mal ou mau para preencher corretamente as lacunas das frases seguintes:

a)Você agiu muito _______ por não repreender aquele ______elemento.
b)Tenha a certeza absoluta de que não te quero ______.
c)Agora é um ______ momento para se comprar dólares.
d)Trata-se de uma questão muito _____ resolvida.
e)Aquele povoado foi atacado por um _____ terrível.



Então é isso, galerinha... Tentem fazer os exercícios e eu enviarei os gabaritos nos próximos dias. Qualquer dúvida deixem nos comentário. Até a próxima.

Lygiane


Reforma Ortográfica - Hífen

Outro assunto que deixa todo mundo de cabelo em pé é a reforma ortográfica que foi aprovada em meados de 2009. Originalmente a lei deveria ter sido colocada em prática a partir de 2012, mas isso não aconteceu de verdade, contudo a partir de 2015 todos os concursos públicos e vestibulares já irão cobrar essa mudança na nossa língua escrita.
Como é um assunto extenso, hoje falaremos somente do hífen!!!

O hífen é empregado:

1. Se o segundo elemento começa por ‘h’:

Atenção: Esta regra não se aplica às palavras em que se unem um prefixo terminado em vogal e uma
palavra começada por ‘r’ ou ‘s’. Quando isso acontece, dobra-se o ‘r’ ou ‘s’: microssonda (micro + sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom, infrassom, suprarregional.

Alguns exemplos:
 geo-história
giga-hertz
bio-histórico
super-herói
anti-herói
macro-história
mini-hotel
super-homem

2. Para separar vogais ou consoantes iguais:

inter-racial
micro-ondas
micro-ônibus
mega-apagão
sub-bibliotecário
sub-base
anti-imperialista
anti-inflamatório
contra-atacar
entre-eixos
hiper-real
infra-axilar

3. Prefixos ‘pan’ ou ‘circum’, seguidos de palavras que começam por vogal, ‘h’, ‘m’ ou ‘n’:

pan-negritude
pan-hispânico
circum-murados
pan-americano
pan-helenismo
circum-navegação

4. Com ‘pós’, ‘pré’ ‘pró’:

pós-graduado
pré-operatório
pró-reitor
pós-auricular
pré-datado
pré-escolar

Sobre o hífen é isso, galerinha!!!Então é decorar e depois colocar em prática, sem mistério, não é verdade?!?!
Por hoje é só...Até!!!

Lygiane

Crase...E agora?!?

Se tem uma palavra que faz todo mundo tremer é CRASE...  Todo mundo já ouviu falar, mas será que todo mundo sabe usar?
Primeiro vamos saber o que é a crase.

A palavra crase significa fusão; junção. Em português, a crase é a fusão das vogais idênticas a+a, indicada por meio do acento grave (à).

Agora as regras:


  • Pode ocorrer a fusão da preposição a com:
> o artigo feminino a ou as:

Fui a + a feira.
Fui à feira.

> o a dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo:

Fui a + aquele lugar.
Fui àquele lugar.

> o a do pronome relativo a qual e flexão (as quais):

A cidade a + a qual nos referimos fica longe.
A cidade à qual nos referimos fica longe.

> o pronome demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas)

Esta caneta é semelhante a + a que me deste.
Esta caneta é semelhante à que me deste.

NUNCA OCORRE CRASE


  • Diante de palavras masculinas [Não assisto a filme de terror];
  • Diante de verbos [Estou disposto a estudar];
  • Nas expressões formadas por palavras repetidas [Ficamos frente a frente];
  • Quando um a (sem o s de plural) estiver diante de uma palavra no plural ( nesse caso, temos apenas a preposição) [Refiro-me a alunas interessadas];
  • Diante de pronomes que repelem o artigo [Dirijo-me a Vossa Excelência].

Então por hoje é só, nos próximos dias postarei algumas listas de exercícios para vocês colocarem em prática tudo o que estamos passando para vocês. Qualquer dúvida ou sugestão deixem nos comentários!!!

Lygiane 

domingo, 21 de dezembro de 2014

Dúvidas sobre fonemas!

Fonemas: São fonemas os sons elementares e distintivos que o homem produz quando, pela voz, exprime seus pensamentos e emoções.
Fonemas não são letras: Fonema é uma realidade acústica, realidade que nosso ouvido registra; enquanto letra é o sinal empregado para representar na escrita o sistema sonoro de uma língua.

Exemplos:
Letras
pipoca – tem 6 letras
hoje – tem 4 letras

Fonemas
pipoca – tem 6 fonemas
Hoje – tem 3 fonemas
Outros exemplos de fonemas:
Chuva – tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único som.
Hipopótamo – tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” não tem som.
Galinha – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem um único som.
Exceção – 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o “x”.
Táxi – 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”.
Guitarra – 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um único som e o “rr” também tem um único som.
Queijo – 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único som.


Fonte: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

Até o próximo Post!
 
                                                                                            Erika Moraes

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Clichê

Clichês são aquelas expressões que todo mundo está cansado de ouvir. Assim como o senso comum é formado pelas ideias desgastadas (coisas que todo mundo diz), os clichês são as expressões desgastadas e inadequadas para o seu texto que devem ser evitadas a todo custo. Então, aí vai uma listinha com alguns exemplos de clichês que você deve, acima de tudo, evitar em sua redação:

  • desde os primórdios da humanidade
  • nos dias de hoje
  • nos dias atuais.
  • atualmente
  • com base nos fatos mencionados, conclui-se que
  • para concluir
  • luz no fim do túnel
  • no fundo do poço
  • um caso de amor e ódio
  • é preciso que todos se conscientizem
  • caixinha de surpresas
  • como o diabo foge da cruz
  • a pergunta que não quer calar
  • agradar a gregos e a troianos
  • pedras no sapato
  • faca de dois gumes
  • se cada um fizer a sua parte
  • fechar com chave de ouro
  • voltar à estaca zero
  • aparar as arestas
  • nós, brasileiros
  • nós, seres humanos
  • é conveniente para o governo que
  • crítica construtiva
  • nunca antes na história da humanidade
  • nunca antes na história do Brasil
  • só assim conquistaremos a vitória
  • nos quatro cantos do mundo
  • tocar corações e mentes
  • correr atrás do prejuízo
  • obra faraônica
  • a todo vapor
  • dar a volta por cima
  • em alto e bom tom
  • preencher uma lacuna
  • deixou a desejar
  • do Oiapoque ao Chuí
  • quem tem boca vai a Roma
  • começar com o pé direito
  • antes de mais nada
  • inserido no contexto
  • rota de colisão
  • mão na roda
  • está na moda

E algumas citações, por serem usadas demais, também caíram no caso dos clichês:


Só sei que nada sei (Sócrates)
Tudo vale a pena quando a alma não é pequena (Fernando Pessoa)
Da onde eu vim? Para aonde eu vou? 

Além dos clichês, você deve evitar informalismos (onde, a gente, etc...) gírias e expressões vagas (todo mundo, sempre, nunca, todos, etc...).


Fonte: http://www.comoescreverumaboaredacao.com/2013/10/cliche.html

Até o próximo Post! 

Thaís Souza

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Pessoal, em cima ou encima??

As duas formas estão corretas, mas com significados diferentes! Assim devem ser aplicadas de forma correta, para não alterar o sentido da frase:


Em cima é um advérbio ou preposição e significa que está localizado na parte superior de; que está sobre (algo ou alguém); em local mais elevado. Vamos aos exemplos:

a) o copo se encontra em cima da geladeira. 
b) Esta flor está em cima da mesa.
c) Seu livro está em cima da cama.

Encima vem do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo.  Tem o significado de pôr (alguma coisa) em cima de; colocar sobre.
Estar disposto sobre (alguma coisa); localizado em cima de.
Ação de acabar; acabamento; encimou o cume da montanha com uma bandeira.
v.bit. Figurado. Dispor de modo elevado; pôr no alto; enlevar: 

a) publicou um aviso para encimar o quadro.
b) o letreiro encimava o carro.
c) encimar ao altar o santo consagrado.

Fonte: http://www.dicio.com.br/

Até o próximo Post!
Erika Moraes

domingo, 30 de novembro de 2014

22 Pegadinhas em Língua Portuguesa

Há muitas pegadinhas frequentes na língua portuguesa, saiba como evitá-los:


Pegadinha 1

São os banqueiros que acabam lucrando. 

Neste tópico de dicas de português para concursos, a expressão é que não é genuinamente um verbo. Trata-se simplesmente de uma locução de realce, que a usamos, evidentemente, para dar destaque à ideia expressa na frase. 

Por tratar-se de um mero adorno frasal, essa locução é totalmente dispensável sem prejuízo para o sentido da oração. Exemplo: É os banqueiros que acabam lucrando. = Os banqueiros acabam lucrando. (A igualdade é de significação, é lógico.)  

Mais exemplos:  

Só nós dois  é que sabemos o quanto nos queremos bem. (Letra de canção portuguesa.) Seria ridículo dizer: Só nós dois somos que sabemos o quanto nos queremos bem. A frase original pode ser escrita, sem nenhum prejuízo para a sua significação: Só nós dois sabemos o quanto nos queremos bem.  

É eles  que representarão o presidente. Essa frase está correta. Estaria incorreta se fosse escrita assim:  São eles que representarão o presidente. Se eliminarmos do contexto a expressão de realce  é que, veremos que o sentido é o mesmo:  Eles representarão o 
presidente.  

Muito cuidado! Nas questões de português, sobre concordância verbal, as organizadoras de vestibulares e concursos públicos costumam usar, de vez em quando, frases desse tipo, induzindo o vestibulando ou concursando a considerá-las incorretas.  

Concluindo, indicamos como escrita correta da frase do topo a seguinte construção:  

É os banqueiros que acabam lucrando. 

ou 

Os banqueiros é que acabam lucrando.

Lembrar: é que – é uma locução de realce.


Pegadinha 2

Inglaterra confirma invasão ao Iraque.

  
Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum. Porém, o que é possível acontecer é invasão de algum lugar. Escreve-se com correção, assim: 

Inglaterra confirma invasão do Iraque. 
 
Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos:  

Invasão de privacidade. 

Invasão de domicílio. 

A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem.


Pegadinha 3

O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante. 

Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados. 

Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a). O correto seria escrever:  

O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante. 

A seguir, outros exemplos de frases corretamente grafadas:  

A moça dormiu ao computador. 

O marinheiro dormiu ao timão. 

Romeu dormia à janela de Julieta.


Pegadinha 4

Marcos é um parasita da mulher.

Parasita, com  a final, é denominação exclusiva de certas plantas.  Para pessoas e animais, usa-se parasito. O correto seria escrever:  

Marcos é um parasito da mulher.  
Eis outros exemplos de frases corretamente grafadas:  

Raquel age como um parasito da mãe. 

Há sujeitos que são autênticos parasitos da sociedade. 

A pulga é um parasito, como também o é o carrapato. 

Precisamos exterminar as parasitas que estão nessa árvore. 

As parasitas debilitaram nosso pomar.  


Pegadinha 5

Confesso que me simpatizei com ela.  
O verbo simpatizar, como também seu antônimo antipatizar não são empregados com pronomes. Portanto, escreve-se correto, grafando-se assim:  

Confesso que simpatizei com ela.  
Abaixo, seguem outros exemplos de frases corretamente escritas:  

Você simpatizou com a moça, mas ela antipatizou com você. 

Antipatizo com políticos em geral. 

Simpatizamos com a nova professora. 

Eles antipatizam conosco.  

 
Pegadinha 6

Começou nevar hoje cedo em Urubici.  
Certas notícias são dadas de modo negligente, sem nenhuma preocupação com as regras do idioma. O verbo  começar forma locução com outro verbo, no infinitivo, por intermédio da preposição a. Exemplos:  

Nice começou a chorar. 

Naquela hora, Eliane começou a rir. 

Começou a chover.  

Eis a frase do topo corretamente escrita:  

Começou a nevar hoje cedo em Urubici. 


Pegadinha 7

Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare a desorganização.

O verbo reparar assume dois significados. O que irá determiná-los é a presença ou não da preposição em. Veja, a seguir: 

Com a preposição em significa notar, observar: Repare nos exemplos que damos nesta lição de gramática. 

Entre, mas não repare na bagunça. 

Posso escrever, porém não reparem em meus erros de português.
 
Sem a preposição em, significa consertar, indenizar: O técnico reparou o computador que estava avariado. 

A empresa reparou os danos causados. 

O juiz condenou o prefeito a reparar os prejuízos sofridos pelos camelôs. 

O mecânico reparará o motor do carro. 

Então escreve-se corretamente a frase original da seguinte maneira: 

Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare na desorganização.
 

Pegadinha 8

Residente à Rua Joana Sartóri. 

As palavras residente, morador, situado e sua forma reduzida sito não admitem a preposição a para ligar-se ao respectivo logradouro, mas, sim, a preposição locativa  em. Não se diz, por exemplo, que um imóvel está situado a Campinas, porém em Campinas. 

Veja os exemplos que seguem:  O escritório, sito na Rua Filisbina, recebe seus clientes de segunda a sexta-feira. O prédio está situado na Avenida Duque de Caxias. Márcio, morador na Travessa Cotia, prestou depoimento ontem. Resido na Alameda Tabajara.  

A frase do topo escrita corretamente fica assim:  

Residente na Rua Joana Sartóri.  
 

Pegadinha 9

Costuma se fazer bons negócios nesta feira.  
O verbo concorda com o seu sujeito, na voz passiva. Observe que temos dois verbos, um auxiliar e outro, principal. 

Veja outros exemplos de uso da voz passiva em situações semelhantes: Não se podem prever essas situações. (Não podem ser previstas essas situações.) Devem-se devolver os crachás ao final do evento. (Devem ser devolvidos os crachás ao final do evento.)  

A frase inicial estaria corretamente escrita da seguinte maneira:  

Costumam se fazer bons negócios nesta feira. 
 

Pegadinha 10

Não exceda da dosagem alcoólica permitida.

O verbo exceder não admite preposição. Outros exemplos: O motorista foi multado porque excedeu os limites de peso de carga de seu caminhão. (Errado: O motorista foi multado porque excedeu dos limites de peso de carga de seu caminhão.) Lotação: 42 passageiros. Não exceda este limite. (Errado: Lotação: 42 passageiros. Não exceda deste limite.)
  
O certo seria escrever a frase original do seguinte modo:  

Não exceda a dosagem alcoólica permitida.  


Pegadinha 11

Depois de vinte minutos de interrupção, o árbitro deu continuidade ao jogo.
  
Esta seção de dicas de português para concursos expõe um grande equívoco de uso das palavras continuidade e continuação, conforme se explica a seguir.  
        continuidade — propriedade física da superfície dos corpos; 
        continuação — prosseguimento;  

Exemplos:  
A continuidade do grande espelho do salão foi afetada por uma rachadura na parte superior direita. 
A continuidade do leito da ponte foi interrompida por uma trinca de uns dez centímetros, de lado a lado. 
Em continuação a esta exposição de razões, falarei, agora, sobre os meninos de rua. 
Precisamos dar continuação àquela partida de xadrez, no prazo máximo de cinco dias contados de sua interrupção. 
Depois que o aluno alterado retirou-se da sala, o professor deu continuação à aula.  

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:  

Depois de vinte minutos de interrupção, o árbitro deu continuação ao jogo. 
  

Pegadinha 12

A polícia não pode prendê-lo porque ele é de menor. 

Eis uma seção de dicas de português para vestibulares e concursos cuja sutileza muita gente boa não percebe. 

O predicativo dessa frase liga-se ao sujeito com auxílio de verbo de ligação sem preposição. 

O povo é que construiu essa anomalia. Veja outros exemplos de predicativo:  
Ele é sargento do exército. 
Ela é maior de 14 anos. 
Ela é a rainha do colégio. 
Ele é menor de 6 anos. 
Meu pai é professor.  

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:

A polícia não pode prendê-lo porque ele é menor de idade. 
 

Pegadinha 13

Sou difícil de fazer amizade.  
Neste tópico de dicas de português para concursos,  a frase já se inicia por uma incoerência, pois ninguém é difícil ou fácil de coisa alguma. Pelo menos, assim se espera. O que é difícil não é a pessoa, mas sim a  ação de fazer amizade. O sujeito dessa frase é oracional —  fazer amizade — e o predicativo é  difícil. O verbo é de ligação — ser.  

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:  

É-me difícil fazer amizade. 
ou
Fazer amizade me é difícil.
ou  
Fazer amizade é difícil para mim.
  

Pegadinha 14

Já comuniquei o chefe que a mercadoria chegou. 

Esta pegadinha de português para vestibular e concurso aborda um deslize sutil e corriqueiro, ideal para uma questão de concurso. Não devemos, jamais, comunicar  uma pessoa, seja ela quem for. O que se comunica é o objeto da comunicação, isto é, o assunto, o fato ocorrido. Comunica-se, sim, à pessoa um determinado fato. 

O verbo comunicar possui dois objetos. Um deles é o objeto indireto, que é a pessoa que recebe a comunicação. A esse objeto o verbo se liga sempre por meio de preposição. O outro complemento verbal é o objeto direto, que representa o fato comunicado. 

Veja os seguintes exemplos:  Daniel comunicou ao Mário a demissão da antiga secretária 
O presidente comunicou ao povo a decisão que tomara quando decidiu o caso. 
O marido comunicou à mulher que naquele dia não iria almoçar em casa.

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:  

Já comuniquei ao chefe que a mercadoria chegou. 

Pegadinha 15

Traze-me uns pastelzinhos. 

Neste tópico, focalizamos um aspecto muito explorado em provas de vestibulares e concursos públicos - o plural dos diminutivos em -zinho -, que é feito do seguinte modo:
A - leva-se o substantivo ao plural em seu grau normal: pastéis;
B - retira-se o s final: pastei;
C - acrescenta-se -zinhos, e pronto: pasteizinhos.

Outros exemplos:  
pãezinhos
carreteizinhos
limõezinhos
caracoizinhos
aneizinhos

Depois da correção, a frase correta fica assim:  

Traze-me uns pasteizinhos. 


Pegadinha 16

O relógio marcou meio-dia e meio. 

Esta  pegadinha que, de vez em quando, figura em provas de vestibular e concurso, sempre acaba tirando candidatos do páreo. A palavra que se refere a horas é meia e não meio. Diz-se nove horas e meia, vinte horas e meia e assim por diante.  Então, depois da correção, temos a seguinte frase:  

O relógio marcou meio-dia e meia.  
 

Pegadinha 17

Ao comer, tenha cuidado com os espinhos de peixe. 

Esta pegadinha apresenta mais uma popularização errônea de uma palavra. Peixe não tem espinhos. Isso é próprio de certas plantas e, quando muito, do porco-espinho. Peixe tem espinhas. É bom estar preparado para a ocorrência de casos como o desta dica, em provas de vestibular e concurso.  

Então, depois da correção, temos a seguinte frase:  

Ao comer, tenha cuidado com as espinhas de peixe. 
 

Pegadinha 18

Nossa situação está russa. 

Esta pegadinha  nos adverte para não confundir estado físico ou mental com estado político. Russa refere-se à Rússia. Quando se quer dizer que a situação está feia, diz-se que está ruça (com ç), que significa a cor pardacenta, escura. Em provas de vestibular e concurso, não é raro questões desse gênero.  

Então, depois da correção, temos a seguinte frase:  

Nossa situação está ruça. 
 

Pegadinha 19

O juiz leu os 3º, 4º e 5º parágrafos. 

Eis um tema frequentemente cobrado em provas de vestibular e concurso — a concordância nominal. A frase em destaque, acima, está mal formulada quanto ao aspecto da concordância nominal. Mesmo que haja uma lista ou uma série de elementos antes do artigo, este deve concordar com o elemento mais próximo. O artigo deve ficar no singular, diante de palavra no singular. 

Exemplos:  
Este cartório serve a 2ª e 3ª varas de família. 
A revogação atingiu o 4º, 5º, 6º e 7º artigos da antiga lei. 
Estamos discutindo o I e II itens do contrato. 
A 1ª, 2ª e 3ª séries terão aulas de educação física.  
Então, depois da correção, temos a seguinte frase: 

O juiz leu o 3º, 4º e 5º parágrafos. 
 

Pegadinha 20

O chefe reclamou porque a secretária não tinha entregue o relatório.  
Nesta pegadinha, temos que considerar que existem duas línguas faladas no País — a culta e a popular. Esta é falada sem nenhuma preocupação com o idioma, enquanto aquela cujo conhecimento é exigido em provas de vestibular e concurso, subordina-se às normas da língua portuguesa falada no Brasil.  O verbo entregar possui dois particípios — entregue e entregado. Com os verbos ter e haver, usa-se entregado. Por outro lado, a forma entregue é usada com os verbos ser e estar. 

Exemplos:  
A moça não havia entregado o bilhete. 
João já tinha entregado as passagens. 
Uma lista nova é entregue todas as manhãs. 
Não se preocupe, a encomenda foi entregue. 
A mercadoria está entregue.  
A frase acima, depois de corrigida, fica assim:  

O chefe reclamou porque a secretária não tinha entregado o relatório.  
 
 
Pegadinha 21

Ele se acorda às seis horas todos os dias. 

Nesta frase o pronome  se está tornando a frase incoerente, isto é, o emprego desse pronome é inadequado. Em provas de vestibular e concurso público, esse tipo de ocorrência provoca a chamada incoerência textual ou linguagem inconsequente. 

Ninguém acorda a si mesmo! Cada indivíduo, simplesmente,  acorda ou, então, é acordado por alguém, algum som alto, um terremoto etc. Agora, decididamente, acordar a si mesmo é proeza que escapa à habilidade humana.  A frase equivocada, depois de corrigida, fica assim:  

Ele acorda às seis horas todos os dias. 
 

Pegadinha 22

O governo vai criar novos impostos. 

A expressão  criar novos é da mesma família de  subir pra cima, descer pra baixo, chutar com os pés etc. Já que não é viável criar nada velho, escreva-se, pois, apenas criar, e pronto!  A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:  

O governo vai criar impostos. 

Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/120-pegadinhas-em-lingua-portuguesa

Até o próximo Post!

Thaís Souza