domingo, 1 de fevereiro de 2015

Pronomes anafóricos e catafóricos

São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente, é uma palavra herdada do grego “anaphorá” e do latim “anaphora”.
Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem do mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.
Vejamos alguns exemplos de ANÁFORA:
        a)        João está doente. Vi-o na semana passada.
               (pronome “o” retoma o termo “João”.).
         b)      Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa.
             (o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”)
         c)      A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas.
           (O termo “as carteiras” é compreendido mediante a compreensão do termo  anterior “sala de aula”)
         d)     Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério.
       (o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado anterior.).
Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.
Vejamos alguns exemplos de CATÁFORA:
         a)      irmã olhou-o e disse: - João estás com um ar cansado.
  (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.).
         b)      Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José.
   (Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e José”.).
Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do termo referente, acontecendo exatamente o contrário nos demais tipos de anáforas.
Simplificando:
  • Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.
  • Catáfora - termo usado para fazer referência a outro termo posterior.
 Fonte: <http://www.infoescola.com>

Até próximo post!
Erika Moraes


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Questionário

Olá pessoal, estudando muito?

Antes de mais nada, espero que estejam gostando deste Blog,tendo em vista que
escolhemos realizar este trabalho pelo fato do blog ser um rico recurso educacional e como já dito em nossa apresentação nosso intuito é de sanar dúvidas mais constantes acerca do uso da Língua Portuguesa.

Como já abordamos, o Blog "Gramaticai-vos" faz parte do  Estágio Obrigatório de Língua Portuguesa em Diferentes Contexto do curso de Letras na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e por isso, gostaríamos que vocês respondessem à um questionário sobre o Blog. 

Deixem suas respostas nos comentários!

Grata, a administração.

Questionário

01. Há clareza quanto às postagens do blog?
a. Sim
b. Não

02. Há interação entre os internautas e as administradoras do blog?
a. Sim
b. Não

03. As postagens do blog estão sanando suas dúvidas?
a. Sim
b. Não

04. Os temas discutidos no blog você acha importante?
a. Sim
b. Não

05. O material postado no blog ajuda nos seus estudos?
a. Sim
b. Não

06. O objetivo do blog é de sanar as dúvidas mais frequentes na Língua Portuguesa, na sua opinião, o blog está conseguindo alcançar seu objetivo?
a. Sim
b. Não

Deixem suas respostas nos comentários, desde já agradecemos a colaboração de vocês e tenham um ótimo estudo!!!

Até o Próximo Post!

Atenciosamente,
Administração.



5 Dúvidas mais Frequentes na Língua Portuguesa

Há muitas dúvidas frequentes de do uso de alguns termos na língua portuguesa, saiba como evitá-los:























Fonte: Dúvidas Frequentes. Disponível em:<http://www.soportugues.com.br/secoes/FAQ.php>. Acesso em: 26 de Jan. de 2015.

Até o Próximo Post!

Thaís Souza

domingo, 25 de janeiro de 2015

Ter que ou ter de? Dentre ou entre? Aplicações usuais

Enquanto conhecedores natos dos aspectos relacionados às peculiaridades linguísticas que, diga-se de passagem, são um tanto quanto complexas, muitas vezes atribuímos significado, grafia, dentre outros aspectos, a determinadas expressões de forma errônea.

Mesmo em se tratando de algo natural, inerente à referida conduta, é sempre bom que estejamos cientes acerca da forma correta, para que assim não subvertamos os postulados a que se devem os padrões convencionais da língua.

Assim sendo, colocamo-nos na condição de conhecedores de duas triviais expressões, levando-se em consideração suas principais características e, consequentemente, suas reais circunstâncias de uso. Diante disso, vejamos:

Ter que / ter de

Estaria correta tal colocação?
Neste caso, o correto seria utilizarmos a expressão “ter de”, uma vez que esta denota obrigação, necessidade em relação a um determinado assunto – a de se preparar para a avaliação–, tornando assim evidenciada:

Temos de estudar para a avaliação de amanhã. 
A expressão “ter que” é aplicável em situações que revelem a ideia de “ter algo para”, como em: 

Constatação efetivada, pois temos a noção de algo para executar.

Então, atente-se para este fato, uma vez que a análise contextual parece proferir sua palavra de ordem.

Dentre ou entre
Torna-se importante ressaltarmos para o fato de que “dentre” se revela pela contração “de” + “entre”. Desta feita, aplica-se somente aos verbos que exijam ao mesmo tempo as duas preposições, tais como: sair de, surgir de, e demais similares. Como por exemplo:

Dentre todas as cartas, ele tirou justamente aquela premiada. 
Não havendo a condição acima prescrita, usa-se “entre”, de acordo com os seguintes casos:

Não há nada entre Pedro e Letícia.
Entre os dois alunos, prefiro o primeiro.

Fonte: DUARTE. Vânia Maria do NascimentoTer que ou ter de? Dentre ou entre? Aplicações usuais. Disponível em:<http://www.portugues.com.br/gramatica/ter-que-ou-ter-dentre-ou-entre-aplicacoes-usuais.html>. Acesso em: 25 de jan. de 2015.
Até o Próximo Post!
Thaís Souza

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Dicas para uma boa Redação!!!

Olá... Uma de nossas leitoras demonstrou um temor em relação à sua escrita, então hoje vou dar dicas gerais de uma boa organização e "montagem" de uma redação!!!


ESTRUTURA BÁSICA DE UMA REDAÇÃO:

      INTRODUÇÃO (TESE): Na Introdução de um texto encontramos a delimitação do tema, através de frases chamadas de argumentos, ou ideias secundárias, de uma ideia central que conhecemos como assunto, o assunto do tema que amarrará os parágrafos do desenvolvimento;
      DESENVOLVIMENTO: No Desenvolvimento do texto  trabalharemos as frases ideias, ou argumentos observando a estrutura padrão de um parágrafo de desenvolvimento que apresentarei mais adiante, apresentando sua causa e consequência e exemplos sempre no fim parágrafo para mostrar harmonia;

      CONCLUSÃO: A Conclusão no texto também tem uma estrutura padrão, chega de inventar, até para finalizar um texto devemos seguir regras. Seguindo-as o resultado final da redação será primoroso.

Precisamos ter em mente que para um bom texto ser feito, o autor deve ter um bom embasamento teórico e isso só acontece com muita leitura. E acima de tudo, treino!!! Isso mesmo, você aluno, concurseiro ou vestibulando precisa treinar, se aprimorar!!! Por hoje é só, qualquer dúvida ou sugestão deixem nos comentários!!
Abraços...

Lygiane


A gente, agente ou há gente?

Apesar de serem semanticamente distintas, as expressões a gente, agente e há gente são foneticamente idênticas, o que pode gerar confusão na modalidade escrita.

As três expressões, a gente, agente e há gente, existem e são empregadas em situações bem diferentes! Sim, elas são homófonas (palavras ou expressões diferentes cuja pronúncia é a mesma), mas semanticamente elas não possuem similaridades. Observe quando e como usar a gente, agente e há gente:

 A gente: Trata-se de uma locução pronominal semanticamente equivalente ao pronome nós. Deve ser conjugada na terceira pessoa do singular e evitada na modalidade escrita (especialmente nos textos não literários), já que está muito associada ao coloquialismo. Exemplo:
a) “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito” (Guimarães Rosa).
b) “A gente vai ao cinema?”. Essa pergunta só pode ser feita num texto informal, na fala cotidiana. Ao escrever um texto mais formal, o redator deve trocar a expressão por “nós”: “Vamos ao cinema?” ou faz o sujeito ficar indeterminado: “Vai-se ao cinema?”.

 Agente: Conforme definição do dicionário Michaelis, agente é aquele Que age; que exerce alguma ação; que produz algum efeito. O que agencia ou trata de negócios alheios. 2 Pessoa encarregada da direção duma agência.Portanto, a palavra agente pode ser empregada apenas como substantivo comum e não deve ser confundida com a locução pronominal a gente. Exemplo:
a) O agente do FBI estará presente.
b) Marcos, o agente de viagens, organizou uma excursão para a Europa.
c) Pesticidas são agentes químicos nocivos à saúde.

● Há gente: Há gente = tem gente, ou seja, “existem pessoas”. Portanto, a expressão deve ser empregada somente nesse contexto:
a) Há gente que passa uma vida inteira sem viajar.
b)Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega.” (Lya Luft).


Fonte: <http://www.portugues.com.br>

Até o próximo post!

Erika Moraes

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Desvios linguísticos

A começar pelo título, há neste um termo que se revela como o ápice, ponto-chave da essência discursiva norteadora do presente artigo – “desvios”. Mas por que não vícios? Inegavelmente seria tamanha pretensão tachá-los assim, tendo em vista que para a Linguística – ciência cujos progressos se mostram em plena ascensão- o conceito de certo e/ou errado, carecem de verdadeiras reformulações. 

Por certo tais reformulações partem do princípio de que a língua, ora concebida como um organismo vivo, está em constantes transformações, reafirmando-se principalmente no tocante aos “diversos falares”, mais precisamente às variações linguísticas. Não se trata aqui de privilegiarmos esta ou aquela camada social, mas sim de enfatizarmos acerca da relação que o indivíduo estabelece com o meio que, por sinal, funciona como agente influenciador. 

Desta feita, contextualizamo-nos diante do fato relacionado àquela pessoa cujo conhecimento restringe-se apenas ao método intuitivo, à sabedoria popular, enfim àquele apreendido com base não em uma experiência coletiva, mas individual. Atendo-nos ao âmbito social, esta pessoa estará fadada à exclusão? Indubitavelmente é um caso a se pensar, assim como nos revela Marcos Bagno (2009 apud CRYSTAL 1987, p. 328): As línguas estão sempre num estado de fluidez. A mudança afeta o modo como às pessoas falam de forma tão inevitável, quanto afeta qualquer outra área da vida humana!.
Longe de aparentarmos contraditórios, mas o fato é que quando se trata da escrita, retomamos a ideia de que somos condicionados a um conjunto de normas e regras previamente estabelecidas que, sobretudo, imperam mediante nosso posicionamento enquanto “interlocutores sociais”. E por assim dizer, há ocorrências em que o emissor se esbarra nesta padronização, ou por não ter o devido conhecimento dela ou por não assimilá-la de forma plausível, mostrando-se suscetível a cometer os possíveis “desvios” linguísticos, indo de encontro aos postulados gramaticais.

A título de nos tornarmos conhecedores destes, analisaremos alguns casos que o representam:

a) Cacografia
Atribui-se à forma indevida da qual o emissor se utiliza para grafar uma determinada palavra. 

Ex: Mediante a acusação feita a ele, todos os advogados interviram. O enunciado, uma vez reformulado, resultaria em:

Mediante a acusação feita a ele, todos os advogados intervieram.

b) Silabada 

Consiste no deslocamento do acento prosódico referente a um determinado vocábulo. 

Ex: Em meio a este interim, foi inevitável que ela não se apaixonasse pelo rapaz. Retificando o termo em evidência, teríamos: 

Em meio a este ínterim, foi inevitável que ela se apaixonasse pelo rapaz. 
c) Estrangeirismos, galicismo, francesismo, anglicismo, italianismo e germanismo
Referem-se ao emprego de determinadas expressões pertencentes a outro idioma, incorporando-as ao próprio cotidiano linguístico. 
Exemplos:

A maioria dos bares e restaurantes estão à espera de seus clientes para um happy hour descontraído.Final de tarde representa o termo que se adequaria ao contexto. 

Este modelo démodé não pertence à nova coleção de inverno.
“démodé” representa “fora de moda”.

Vejamos, pois alguns exemplos típicos dos referidos “empréstimos linguísticos:

* Galicismo – Trabalhar de domingo é não é uma boa opção. O termo poderia ser substituído por “aos domingos”. 

* Italianismo – Alguns alunos terão de repetir de ano.Em vez deste, seria aplicável outra expressão – repetir o ano. 

d) Solecismo
Configuram como sendo quaisquer desvios cometidos contra as regras relacionadas à sintaxe, podendo ser assim representados:

* de concordância – Fazem dias que não o vejo. (Faz dias que não o vejo)

* de regência  As crianças já não obedecem os mais velhos. (As crianças já não obedecem aos mais velhos) 

* de colocação – Oferecerei-he todos os meus préstimos. ( Oferecer-lhe-ei todos os meus préstimos) 

e) Ambiguidade ou anfibologia 
Resulta na incoerência de sentido, implicando na duplicidade de interpretações.

Ex: A mãe pegou a criança chorando. Mediante este contexto não conseguimos identificar se era a criança ou a mãe que chorava. De modo a desfazer tal ocorrência, obteríamos:

A mãe pegou a criança que estava chorando. 
f) Cacofonia
Resulta na junção de sílabas diferentes, resultando em um péssimo efeito sonoro, podendo também se caracterizar como escandaloso, obsceno.

Ex: Não vi ela durante toda a festa. (Não a vi durante toda a festa) 

g) Pleonasmo vicioso
Configura-se pelo uso desnecessário de alguns termos, partindo-se do princípio de que nada acrescentam à ideia, pois esta já revela por si a própria noção de significância.

Ex: Garoto, desça já lá em baixo e me trague a encomenda. Inferimos que a ação de descer já denota algo que se encontra em um plano inferior.

Fonte:  DUARTE. Vânia Maria do NascimentoDesvíos linguísticos. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/redacao/desvios-linguisticos.html>. Acesso em: 19 de jan. de 2015.

Até o Próximo Post!
Thaís Souza